A APIAM participa e fortalece mobilizações que são fundamentais para a luta dos povos indígenas no Amazonas e no Brasil. Estamos presentes em espaços de articulação e visibilidade como o Acampamento Terra Livre (ATL), a Marcha das Mulheres Indígenas, assembleias e encontros de base, além de agendas de incidência política em temas estratégicos como direitos territoriais, proteção dos povos e justiça climática.
Essas mobilizações são momentos de união, denúncia e construção coletiva, onde afirmamos nossas pautas, articulamos alianças e pressionamos por políticas que respeitem os territórios e a vida.
A participação da Articulação das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas (APIAM) no Acampamento Terra Livre (ATL) representa um marco político e social para a defesa dos direitos indígenas no Brasil. Como uma articulação que reúne diversas organizações e povos do maior estado da Amazônia, a APIAM fortalece a presença dos povos amazônicos em um dos maiores eventos de mobilização indígena da América Latina, levando suas pautas, suas vozes e suas formas de resistência para um espaço nacional de visibilidade.
No ATL, a APIAM assume o papel de articuladora e porta-voz das demandas históricas dos povos do Amazonas, como a demarcação e proteção de territórios, a gestão ambiental comunitária, o enfrentamento à mineração e ao avanço do desmatamento, além do fortalecimento das políticas de saúde, educação diferenciada e autonomia econômica. A presença da organização no acampamento não é apenas simbólica: ela amplia a representatividade dos povos indígenas, destacando suas especificidades culturais, territoriais e ambientais, e garantindo que suas reivindicações sejam escutadas e integradas às agendas nacionais.
Por meio de rodas de conversa, reuniões políticas, debates e manifestações, a APIAM contribui para a construção coletiva de estratégias de luta, promovendo a união entre povos e organizações de diferentes regiões do país. Essa atuação fortalece a resistência e a luta por direitos constitucionais, além de reafirmar a importância da Amazônia como território vivo, diverso e indispensável à sobrevivência dos povos indígenas.
























A APIAM na Marcha das Mulheres Indígenas representa um marco fundamental na afirmação das vozes femininas dentro do movimento indígena no estado. Entre suas principais bases está a Makira E’ta – Rede de Mulheres Indígenas do Estado do Amazonas, que desempenha papel central nesse processo. É por meio dela que as mulheres amazonenses caminham em direção à Marcha, carregando consigo histórias, saberes tradicionais e pautas que refletem tanto a defesa de seus territórios quanto a valorização de suas identidades.
As mulheres da Makira E’ta assumem protagonismo ao representar o Amazonas nesse espaço político e simbólico, onde a luta coletiva se transforma em força de transformação social. Elas não apenas integram a APIAM como também fazem parte da União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (UMIAB), o que reforça a dimensão regional e nacional das suas ações. Essa dupla articulação fortalece a presença das mulheres indígenas do Amazonas na Marcha, ampliando sua capacidade de incidência política e diálogo com outras organizações e movimentos de mulheres indígenas de todo o país.
Ao participar da Marcha das Mulheres Indígenas, a APIAM reafirma seu compromisso com a construção de um movimento plural, guiado pelos princípios da ancestralidade, do território, da autonomia e da autodeterminação. A presença das integrantes da Makira E’ta traz à Marcha a força dos rios, das florestas e das comunidades que compõem o vasto território amazônico. Suas falas e cantos ecoam a resistência dos povos originários e denunciam as diversas formas de violência que atingem seus corpos e modos de vida, desde o avanço do garimpo e desmatamento até a invisibilidade política que muitas vezes recai sobre as mulheres indígenas.
A APIAM não só apoia como impulsiona a participação das mulheres na Marcha, entendendo que o futuro da luta indígena depende profundamente da equidade e do reconhecimento do papel feminino na defesa da vida. A Makira E’ta, como base concreta e ativa dessa articulação, simboliza a força da coletividade, da união e da presença das mulheres que, com coragem e firmeza, caminham para garantir um amanhã possível para as novas gerações.




























A APIAM em suas assembleias, tanto avaliativas quanto eletivas, representa um dos pilares centrais para o fortalecimento político, organizativo e territorial do movimento indígena no estado. Esses encontros configuram-se como espaços de diálogo, reflexão e tomada de decisões, onde lideranças, caciques, representantes comunitários e delegados indicados por cada organização regional se reúnem para avaliar suas ações, construir estratégias e garantir que a condução da APIAM permaneça coletiva, transparente e legitimada pela base.
As assembleias avaliativas são essenciais para revisar as atividades realizadas ao longo do período anterior. Nelas, são discutidos resultados, desafios, avanços e pontos que precisam ser aprimorados, permitindo que a organização se fortaleça continuamente a partir da escuta das comunidades. É nesse momento que se compartilham experiências, se analisam projetos em andamento, se revisam políticas e se reafirma o compromisso com a defesa dos direitos indígenas, da territorialidade e da proteção da Amazônia.
Já as assembleias eletivas assumem um caráter igualmente decisivo, pois constituem o momento em que a base escolhe de forma democrática suas novas lideranças e coordenações. Trata-se de um processo político profundo, que reafirma a autonomia dos povos indígenas frente às decisões internas da APIAM e garante a alternância de representação quando necessária. Através da indicação de delegados por cada região, essas assembleias reforçam a pluralidade de vozes e a representatividade territorial dentro da organização.
É nas assembleias que a APIAM encontra sua máxima instância de deliberação. Tudo o que diz respeito ao seu planejamento, suas prioridades de atuação e sua estrutura organizativa passa por esse espaço, onde nenhum encaminhamento se dá sem o debate coletivo. Ali está o coração da articulação, o lugar onde decisões ganham legitimidade e onde o movimento reafirma sua unidade em defesa da vida, da floresta e dos direitos originários.




























A participação da Articulação das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas (APIAM) nas Conferências das Partes (COPs) do clima representa um marco importante na luta pelos direitos territoriais, pela defesa ambiental e pelo reconhecimento dos povos originários como protagonistas no enfrentamento à crise climática. Ao ocupar espaços internacionais de negociação e debate, a APIAM fortalece a presença indígena nas discussões globais, levando a voz das comunidades amazônicas diretamente aos fóruns onde são decididos os rumos das políticas ambientais e climáticas do planeta.
Nas COPs, a APIAM tem atuado para evidenciar que os territórios indígenas são barreiras fundamentais contra o avanço do desmatamento e das queimadas, além de abrigarem uma rica diversidade biológica e sociocultural. Sua participação reforça a necessidade de incluir o conhecimento tradicional nas estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, mostrando que a conservação da floresta em pé está diretamente ligada à garantia dos direitos dos povos indígenas. Essa perspectiva não apenas amplia o diálogo global, mas também impulsiona o reconhecimento de que proteger a Amazônia é essencial para manter o equilíbrio climático do mundo.
Além disso, a APIAM tem se articulado com outras organizações indígenas, governos, pesquisadores e representantes da sociedade civil para construir propostas que valorizem a gestão ambiental comunitária, o financiamento direto às comunidades e a implementação de políticas que respeitem seus modos de vida. A presença dos representantes da APIAM nas COPs revela um movimento político cada vez mais fortalecido, que busca transformar espaços historicamente elitizados em arenas de representação plural e de justiça climática.


























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